A mais velha democracia da Europa, aquela que desde sempre foi apontada como um modelo genuíno de governo popular, aprovou no domingo a proibição de minaretes nas mesquitas muçulmanas. E fê-lo por um dos processos democráticos mais transparentes e reconhecidos, um daqueles que implica de forma directa o cidadão na criação das leis, o referendo.
Ainda assim, o que saiu desse plebiscito é um atentado grave contra a liberdade religiosa. Com a nova lei, que implica uma revisão constitucional, os muçulmanos vêem-se obrigados a rectificarem aspectos do seu culto, adaptando-o à nova lei, e inclusive a alterar a arquitectura dos seus monumentos.
A Suíça com uma tal decisão, que vai a par de outra não menos desumana de continuar a exportar material de guerra, coloca-se na retaguarda da civilização. Melhor parecem andar monarquias teocráticas como Marrocos, onde, que se conheça, as igrejas romanas ainda não perderam os seus campanários ou crucifixos. Mas com tais exemplos –não haja ilusões – depressa perderão.
Jerónimo Leal / 2 Dezembro 2009
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
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